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O perigo de se acreditar demais no PT
Enviado por el día 22 de Abril de 2005 a las 17:57
Leandro Teles Rocha *


Os brasileiros precisam refletir os acontecimentos históricos à luz da proposta humanista. Somente assim é possível compreender o mundo em que vivemos através de um enfoque menos empírico. A insensatez do homem no século XX foi algo espantoso, o que me induz acreditar que as pessoas agem impulsionadas pela emoção do momento, quase sempre guiadas por falsas lideranças, que se aproveitam da situação para adquirir poder e tirar vantagem financeira.

Para manter a estabilidade econômica e o equilíbrio social, é necessário que os poderes Legislativo e Judiciário tenham coerência, ética e senso de responsabilidade, pois só é possível existir paz se os organismos estatais desempenharem com compostura seus papéis, respeitando os ideais de justiça e democracia.

Em um contexto de perceptível decadência moral, a televisão ocupa um espaço cada vez maior. Através dela é possível influenciar a opinião pública, os costumes, as relações sociais, enfim, a vida da população. Trata-se de um poderoso instrumento de propaganda política, capaz de corromper a imprensa, o meio acadêmico e as instituições democráticas, que não querem enxergar os graves riscos que se escondem por trás de propostas que visam a aumentar gradativamente a concentração de poder pelo governo.

Nesse grupo de ações estão, por exemplo, as súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal (STF) – mesmo que passíveis de serem derrubadas, de acordo com o artigo 103 da Constituição Federal –, introduzidas pela reforma do Judiciário, ou a Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinav) – ainda que regulamentada sobre o princípio da legalidade.

Por mais bem intencionada que esteja a maioria dos juristas e políticos brasileiros, mecanismos tão rígidos de controle social não são prudentes. Ao mesmo tempo em que fornecem garantias em benefício da população, trazem o receio de que o excesso de controle governamental seja utilizado para atender a interesses arbitrários e esdrúxulos de setores com aspirações totalitárias, que não toleram a diversidade de opiniões nem a liberdade de pensamento.

Para que as pessoas sejam orientadas pela razão, devemos resgatar os valores cívicos e liberais de outrora, a solidariedade cristã, para amenizar os problemas da fome e da miséria, o respeito às leis e o fim da impunidade, a valorização da integridade moral do ser humano, o respeito ao patrimônio público ou privado e a liberdade dos indivíduos. Somente em uma sociedade saudável é possível existir um liberalismo pleno, sem necessidade de tantas sanções e ações coercitivas do Estado, nem a interferência estatal nas relações sociais e econômicas. O que falta no Brasil é consciência.


* Leandro Teles Rocha, 21 anos, é estudante do 2º período da Faculdade Mineira de Direito (PUC-Minas), em Belo Horizonte.